Absae reforça urgência do leilão de armazenamento em debate do MME e BNDES

A Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (Absae) participou, nesta segunda-feira (8), do debate promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre os caminhos e desafios para a consolidação dos sistemas de armazenamento no setor elétrico brasileiro. O encontro reuniu governo, especialistas e representantes do mercado para discutir avanços regulatórios, projetos em andamento e perspectivas para 2026.

Representando a entidade, o presidente do Conselho da Absae, Markus Vlasits, destacou que 2025 foi um ano de importantes conquistas para o segmento, com marcos como o leilão de sistemas isolados, a promulgação da Lei nº 15.269/2025, o crescimento acelerado de soluções de armazenamento no comércio e na indústria e a Consulta Pública nº 39 da Aneel. Segundo ele, mesmo diante dos desafios, a tecnologia vem se consolidando com rapidez em diferentes aplicações no país.

Vlasits reforçou a urgência de ampliar a inserção do armazenamento no setor elétrico, especialmente diante da previsão de déficit de potência para 2027, visto a capacidade das baterias de serem implantadas rapidamente, com prazos entre 12 e 18 meses.

“A gente precisa de um leilão de armazenamento. Ele pode ser da geração, de transmissão, ele pode ser de qualquer forma, mas a gente não tem o luxo de debater mais um ano, um ano e meio, de que forma possivelmente se dará a inserção dessa tecnologia no sistema elétrico brasileiro, porque precisamos dela.”

O presidente do Conselho da Absae também ressaltou a importância de políticas que promovam transparência de custos para consumidores e usuários, permitindo que cada perfil de consumo identifique de forma clara o impacto que gera ao sistema elétrico.