Durante audiência pública, ministro do MME prevê leilão com baterias ainda no segundo semestre
- ABSAE

- 9 de jul.
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Atualizado: 4 de ago.

Desperdício de energia renovável, atraso no Leilão de Reserva de Capacidade e inclusão de emendas na Medida Provisória 1300 foram alguns dos temas abordados pelos deputados Arnaldo Jardim ( Cidadania-SP), Carlos Zarattini (PT-SP), Joaquim Passarinho (PL-PA) e Sidney Leite (PSD-AM) ao questionarem o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre o avanço do armazenamento de energia por baterias no Brasil.
Os parlamentares estiveram com o ministro, nesta quarta-feira (9), durante audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. Os questionamentos são fruto do trabalho constante da Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (Absae) na articulação e sensibilização de deputados e senadores sobre a necessidade de modernização do setor elétrico, com a criação do marco legal para a implementação do sistema de armazenamento.
O ministro do MME ressaltou que o problema do curtailment tem sido debatido pelo governo, que estuda como será a negociação com as empresas para diminuir a judicialização.Inclusive, há um grupo de trabalho da pasta sobre o tema. Quanto às baterias, Alexandre Silveira afirmou que deseja realizar o leilão ainda neste segundo semestre. “ Vai ser o primeiro leilão de baterias da história deste país”, afirmou.
Para o presidente da ABSAE, Markus Vlasits, fica claro que o tema é urgente e que precisa ser abordado com mais afinco pelo governo, visto que existem inúmeros exemplos internacionais já consolidados, e o setor de armazenamento aguarda apenas definições na legislação para que possa expandir seus serviços, auxiliando não só na eficiência e transição energética, mas promovendo o crescimento de diversas regiões brasileiras, com a criação de empregos e desenvolvimento da indústria.
“O armazenamento de energia é uma alternativa rápida, eficiente e economicamente viável. Estamos vendo o setor elétrico à beira de um colapso, com custos cada vez mais altos para a sociedade, enquanto jogamos energia limpa, literalmente, fora. O setor não precisa de subsídio e nem de incentivo financeiro, o que precisamos é de regulação para dar garantia jurídica às empresas que querem atuar aqui”, completou.



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