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Potência para 2028: só o leilão de BESS em 2026 evita o apagão

 *Fabio Lima


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O ONS já deixou claro: o SIN precisará de nova potência firme em 2028. Há três tecnologias capazes de ofertar esse produto — térmica, hídrica e armazenamento em baterias (BESS) — mas seus prazos de implantação são muito distintos.

 

Térmicas e hidrelétricas: levam de 4 a 5 anos para entrar em operação, mesmo em expansão de máquinas. No caso das térmicas, há ainda o gargalo global na fabricação de turbinas a gás, com prazos de entrega que podem superar 7 anos, inviabilizando resposta a tempo.

 

BESS: sistemas de médio porte, como 120 MW/480 MWh, entram em operação em menos de 12 meses, como recentemente inaugurados no Chile por empresas que operam no Brasil. Até mesmo Empreendimentos de 1 GWh já são comuns, com mais de uma dúzia entrando em operação no último ano.

 


Cronograma inevitável


Para operação no segundo semestre de 2028, é indispensável realizar o leilão no primeiro trimestre de 2026. Isso exige consulta pública ainda este mês e portaria de diretrizes até outubro.

Esse prazo impõe foco na contratação do produto potência, atendidos requisitos de margem de escoamento/carregamento e qualidade técnica dos sistemas.

 

Após evitar a crise, haverá tempo para:

 

Aprimorar regras de serviços ancilares e outros atributos.

 

Ampliar modelos de negócio.

 

Evoluir paralelamente com os avanços regulatórios já em curso.

 

Trata-se de uma decisão técnica e pragmática: garantir que, em 2028, teremos a capacidade de potência necessária — não apenas mais energia instalada, mas energia disponível no momento certo.

 

O risco é claro: transformar o déficit projetado em apagão, crise econômica e busca de responsabilização pelos atrasos.


Mas não precisamos dessa crise — podemos, ao contrário, ativar uma nova indústria, reduzir o desperdício de energia e aumentar a segurança energética.

 
 
 

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